sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Relatos do amor próprio


      Se tem uma coisa pra eu gostar nessa vida, é modernidade. Adoro a mudança dos tempos. Porque me encaixo fácil, me sinto mais aceita, sou aquariana, vivo querendo futuro.
      Escuto meus pais dizerem que hoje tem mais gays que antes. Claro que não concordo, hoje tem mais aceitação, cabeça aberta. Que bom! Imagino como sofreram as bees de décadas atrás, tendo que se esconder no armário para não sofrerem represálias. E uma coisa que odeio: gente que não se assume. Gosta de mulher? Ok. Gosta de homem? Ok. Gosta de homem e de mulher? Ok também. Isso não vai mudar em nada minha vida, como diria o poeta "cada um no seu quadrado."
      Gosto de gente que se joga mesmo, que se dói inteira porque não consegue viver na superfície das coisas. Sou de verdade, dessas que não andam 24 horas arrumadas, maquiadas, etc... quem gosta de mulher montada é cavalo. Camiseta, short, chinelo e coque no cabelo resolve. Tô nesse mundo a passeio, vim só pra dar o ar da graça. Então, por favor, nada de chicletinho! Sabe aquelas pessoas que ficamos na balada e se sentem no direito de baixar até nossa ficha criminal? Não rola, bebê. Se eu te dei meu número é porque eu quero que você ligue, te achei interessante e acho que pode rolar algo mais. Se não te dei tanta abertura é porque não quero um flashback. Deixo claro que há diferenças entre ser chicletinho e ter atitude. Homem com atitude é o diferencial, e como o próprio nome diz, está em falta no mercado. Ele pode até não ser tão bonito, não andar num carrão, ou se vestir como você gostaria, mas se souber te domar e deixar sem jeito, agarre. Quilo de homem tá caro.
      Apesar de eu escrever sobre romances e dor de cotovelo, isso não é algo que faça parte da minha realidade. Sendo bem sincera, não sou de me envolver, nem dar o braço a torcer. Dura na queda! Mas fazer o quê? Sou assim. E gosto de ser assim. 
      Amo minha independência, e não troco reunião no bar com as amigas por filminho em casa com o man. Tenho opinião pra tudo, gostos diferentes de quase todo mundo, e um senso de humor que por vezes você não entenderá, digo palavrão, assisto futebol, bebo cerveja e me sinto livre para ir ao baile procurar o meu negão. Nasci com a prerrogativa de ter um pouquinho a mais de diversão. Sem inibições, não é a toa que pinto minhas unhas compridas de vermelho, quero que fique claro, se você for coração de manteiga, mantenha a distância, dou choque em gente tola. - e quando digo gente tola estão incluídos os fresquinhos, preconceituosos e chicletinhos. 
      E vê se dá licença, que eu tô passando, se quiser vir, talvez te carrego comigo. Não é todo homem que tem capacidade de ter uma mulher do meu calibre. Sorry, baby.

      

3 comentários:

  1. Mais uma vez, e como canso de dizer isso, para de se parecer comigo. Adorei.

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  2. Essa foto é uma ilustração de como somos nós, eu e você e o resto do bagaço. hahaha

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  3. Tatuagens falsas de AnaLu, ''eu gosto é do bagaço''

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